quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Exercícios de física MRU e MRUV

Este documento tem por objetivo testar os seus conhecimentos sobre unidades de medida e sobre cinemática.
     1.       Quantas horas, minutos e segundos existem em 12,46 h?

     2.       Qual é o intervalo de tempo que transcorre do instante 3 h 17 min 20 s até o instante 11 h 8 min 15 s?

      3.       Supondo que uma planta cresça a um ritmo constante de 0,9 cm ao dia, quanto ela terá aumentado de tamanho, em metros, após 1 mês, 2 semanas e 3 dias (considerando o mês com 30 dias)?

     4.         Quantos lápis de 15 cm de comprimento cada são necessários para cobrir uma distância equivalente à da Terra ao Sol, de 150 milhões de quilômetros?

      5.       Observe a diferença entre ∆s e d neste exercício resolvido.
 

No trajeto em que um móvel parte do ponto A, vai até o ponto B, de onde segue até o ponto C, determine:
a)      O deslocamento de A e B;
b)      O deslocamento de B a C;
c)       O deslocamento de A a C;
d)      A distância efetiva percorrida de A a C.

      6.       Um veículo trafegou por uma rodovia federal passando pelo km 55 às 9 h e pelo km 235 às 11 h, isto é, 2 horas mais tarde. Sabendo-se que nesse intervalo de tempo o veículo ficou estacionado durante 15 minutos na lanchonete do km 137, determine a velocidade escalar média resultante.

      7.       Um avião supersônico (ele supera a velocidade do som no ar, que é de 340 m/s) partiu do Aeroporto Internacional de recife, em Pernambuco, às 8 horas da manhã. Após deslocar-se 3.000 km, cegou ao Aeroporto Internacional de Cumbica, na Região Metropolitana de São Paulo 1 h 40 min depois. Qual foi a velocidade média desenvolvida por esse avião em km/h e em m/s?

      8.       Ao passar pelo km 115 de uma rodovia, o motorista lê este anúncio: “Posto de abastecimento e restaurante à 12 minutos”. Se esse ponto de serviços está localizado no km 130, qual é a velocidade média prevista para que se faça esse percurso?

      9.         Uma garota caminha apressadamente com passadas iguais de 75 cm, a uma velocidade de 1,5 m/s.
      a)      Quantos metros ela caminha em 2 min?
      b)      Quantos passos ela dá por segundo?

      10.   Um caminhão que mede 14 m de comprimento, movimenta-se em uma estrada a 72 km/h, ultrapassa um ônibus com 12 m de comprimento que está parado no acostamento. Calcule o tempo de ultrapassagem em segundos.

      11.   Um projetor de filmes antigo funciona a uma velocidade constante de 20 quadros por segundo. Se o comprimento de cada quadro fosse de 1 cm, desprezando-se o espaço de separação entre eles, qual seria o tempo em minutos, da projeção de um curta-metragem com 90 cm de comprimento?

     12.   Um uma indústria de bebidas, um sistema de colocação de tampas em garrafas de suco tem um braço robótico, fixo em uma posição. Ele coloca três tampas por segundo, em ritmo constante. As garrafas são enfileiradas em linha sobre uma esteira rolante, sem que haja espaçamento entre elas, com o centro de uma tampa e o outra distantes 12 cm.
Então:
a)      Qual deve ser a velocidade dessa esteira para que o sistema funcione de acordo com a forma especificada?
b)      A cada 900 garrafas tampadas, quantos metros a esteira rola?

      13.   Dois carros movem-se com velocidades constantes em uma pista longa e retilínea, indo no mesmo sentido. O automóvel que está atrás desenvolve uma velocidade constante de 15 m/s e o outro, de 11 m/s. em determinado instante, a distância que os separa é igual a 860 m. A partir desse momento, que distância o carro de trás precisará para alcançar o outro?

     14.   Em um domingo ensolarado, pai e filho combinam almoçar juntos em um restaurante à beira de uma estrada, que fica no km 130. O pai mora no km 90 e o filho, no km 210. Sabe-se que a velocidade máxima permitida nessa estrada é de 80 km/h. Supondo-se que ambos rodarão a velocidade constante de 80 km/h, para que o encontro possa acontecer até 12 h 30 min, a que horas, no máximo, cada um deles deve sair de casa?

     15.   O diagrama apresentado abaixo mostra os movimentos realizados pelos atletas A e B em relação à origem do percurso.

Os trajetos de A e de B, até o instante do encontro, respectivamente, são:
a)      0 km e 6 km.
b)      3 km e 6 km.
c)       6 km e 3 km.
d)      6 km e 0 km.
e)      6 km e 6 km.

     16.   As posições ocupadas por uma bicicleta que se move em trajetória retilínea, em função do tempo, estão no gráfico abaixo.

Então, é possível afirmar que o módulo da velocidade da bicicleta:
a)      Aumenta no intervalo de 0 s a 15 s.
b)      Diminui no intervalo de 30 s a 60 s.
c)       Tem o mesmo valor em todos os diferentes intervalos de tempo.
d)      É constante e diferente de zero no intervalo de 15 s a 30 s.
e)      É maior no intervalo de 0 s a 15 s.

      17.   Um gato caminha no quintal em movimento retilíneo. A sua trajetória, no decorrer do tempo, está representada no gráfico abaixo.

Se o gato continuar andando, no mesmo ritmo, em linha reta, até o instante t = 15 s, a distância total percorrida por ele desde o instante t = 0 será igual a
a)      4,0 m
b)      5,0 m
c)       6,0 m
d)      8,0 m
e)      12 m

     18.   No diagrama espaço (s) em função do tempo (t), estão representados os movimentos de dois carros A e B.

Conforme o gráfico, podemos dizer que:
a)      Os carros partem da mesma posição.
b)      Ao carro A está em repouso e o B se move lentamente.
c)       Ambos os carros estão em repouso.
d)      Os carros partem de locais diferentes e têm a mesma velocidade.
e)      O carro B alcançará o carro A.

     19.   O supercontinente denominado Pangea era a reunião de todos os continentes conhecidos na atualidade. Por processos geológicos, ele foi sendo fragmentado.

Se a, há 120 milhões de anos, a costa leste da América do Sul e a costa oeste da África estavam juntas e sabendo-se que hoje elas distam 6 . 103 km entre si, então:
a)      Com que velocidade relativa média os referidos continentes se afastaram ao longo desses anos, em metros/ano?
b)      Transforme a velocidade anterior em centímetros por semestre.
c)       Que distância média, em km, foi sendo acrescida a essa separação por séculos

     20.   Em uma rodovia, dois caminhões A e B, com 10 m e 12 m de comprimento cada, transitam a 54 e 36 km/h respectivamente. Determine em quanto tempo ocorre:
a)      A ultrapassagem de um pelo outro, se eles andarem no mesmo sentido.
b)      O cruzamento entre os dois, se eles andarem em sentidos opostos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Erros da determinação do sexo


Estou postando uma breve explicação sobre erros na determinação do sexo e alguns exercícios
Erros na determinação do sexo
                Na formação dos gametas masculinos ou femininos pode ocorrer um erro na formação dos cromossomos X e Y. Alguns erros estão relacionados abaixo:
v  Trissomia X (cariótipo 47, XXX) mulheres que apresentam um X a mais, podem ser normais e férteis, mas podem apresentar retardo mental. São chamadas super fêmeas. Podem apresentar subdesenvolvimento da genitália e das mamas.
Quase todos os casos ocorrem do erro na meiose materna.
v  Síndrome de Klinefelter (cariótipo 47, XXY) homens que apresentam um X a mais. Têm atrofia testicular e são estéreis, geralmente apresentam grande estatura e membros desproporcionais. Apresentam algum desenvolvimento mamário.
Esta anomalia esta associada à idade materna avançada.
v  Síndrome de Turner (cariótipo 45, X0) são mulheres que apresentam apenas um cromossomo X. Podem apresentar retardo mental.
As características sexuais secundárias não se desenvolvem e os órgãos genitais permanecem com aspecto infantil. As meninas apresentam baixa estatura, pregas laterais no pescoço, tórax largo em forma de barril.
v  Síndrome do duplo Y (47, XYY) homens que apresentam um cromossomo Y a mais. São fenotipicamente normais, férteis e geralmente de grande estatura.
Segundo alguns pesquisadores, essa anomalia poderia estar associada com a agressividade e tendência a criminalidade.
Acreditasse que a não-disjunção na meiose II paterna ocasionaria a geração de um gameta com YY.

Cromatina sexual
                Quando uma célula apresenta dois cromossomos X, um deles se condensa e o outro fica ativo. Se uma célula apresentar três cromossomos X, dois cromossomos se inativam.
                Esse cromossomo inativado se condensa a se localiza junto à face interna da carioteca, sendo chamados de Corpúsculo de Barr.

A figura apontada pela seta é a cromatina sexual, sendo vista como um grânulo denso aderido à face interna da carioteca. 
Cariótipo
Fenótipo
Corpúculo de Barr



46, XY
Homem normal
0
46, XX
Mulher normal
1
45, X0
Síndrome de Turner
0
47, XYY
Síndrome do duplo Y
0
47, XXY
Síndrome de Klinefelter
1
47, XXX
Trissomia X
2

Exercícios
1.       (Fuvest-SP) Um homem com cariótipo 47, XYY pode originar-se da união de dois gametas, um com 24 cromossomos e outro com 23. O gameta anormal:
a)      É um óvulo.
b)      É um espermatozóide.
c)       Pode ser um óvulo ou um espermatozóide.
d)      É uma ovogônia.
e)      É uma espermatogônia.

2.       (F. F. O. Diamantina-MG) A estrutura apontada nas duas células humanas encontra-se em:

a)      Todas as células haplóides de indivíduos dessa espécie.
b)      Apenas células sanguineas e epiteliais de todos os humanos.
c)       Células de indivíduos do sexo masculino e cariótipo triplóide.
d)      Células de indivíduos do sexo feminino e cariótipo normal.
e)      Células de portadores de síndrome de Turner e trissomia do 21º par.

3.       (PUC-RJ) Qual das alternativas apresenta a constituição cromossômica de um indivíduo que possui dois corpúsculos de Barr nas células interfásicas?
a)      45, X0.
b)      46, XX.
c)       46, XY.
d)      47, XXY.
e)      48, XXXY.

4.       Um mulher triplo – X é fértil e produz óvulos normais e óvulos com dois cromossomos X. Sendo casada com um homem cromossomicamente normal, essa mulher terá chance de apresentar:
a)      Apenas descendentes cromossomicamente normais.
b)      Apenas descendentes cromossomicamente anormais.
c)       50% dos descendentes cromossomicamente normais e 50% cromossomicamente anormais.
d)      25% dos descendentes cromossomicamente normais e 75% cromossomicamente anormais.
e)      75% dos descendentes cromossomicamente normais e 25% cromossomicamente anormais.
Gabarito
1
B
2
D
3
E
4
C

Humanismo na literatura portuguesa


Estou postando um resumo sobre o humanismo na literatura portuguesa, por favor leiam e façam as questões, um abraço!
Humanismo
                O Humanismo foi um movimento artístico e intelectual que surgiu na Itália no final do da Idade Média (século XIV) e alcançou a plena maturidade no Renascimento.
                No final da Idade Média a Europa estava em mudança, ocorreu o surgimento da burguesia, as pessoas vinham do campo para as cidades (burgos). Essas pessoas eram leigas e necessitavam mais cultura, já que começavam a acumular riquezas.
Com essa nova visão, a cultura começou a sair do poder apenas da Igreja e dos Palácios para alcançar a população. Textos de autores da Antiguidade Clássica foram redescobertos e considerados uma fonte de saber a respeito dos ser humano.
Com isso, se resgatava uma visão mais antropocêntrica que era característica da cultura Greco-latina. Iniciou-se uma fuga do teocentrismo e ocorreu uma visão mais humanista do ser humano.
v  O projeto literário do Humanismo
Como era uma fase de transição da época medieval para a moderna, o projeto literário não tem características completamente definidas, sendo que o velho e o novo convivem, ocasionando uma tensão que se evidencia na produção cultural e artística.
Essa nova produção abandona a subordinação da Igreja e resgata os valores clássicos.
A obra de Dante Alighieri e de Francesco Petrarca constitui a base para o desenvolvimento da literatura no período do humanismo e serviu de inspiração para artistas de outros países europeus.
Humanismo em Portugal
O Humanismo chegou em Portugal no início do reinado da Dinastia de Avis (1385) a produção poética entra em crise e não há relato da circulação de textos poéticos no país. Nesse período (1350 – 1450) o país vive o apogeu da literatura histórica e político doutrinária.
v  Fernão Lopes: foi nomeado cronista-mor do reino em 1434, sendo considerado o marco inicial do Humanismo em Portugal. Ele escreveu três crônicas:
·         Crônica de El-Rei D. Pedro I: nesse texto esta o relato da morte de Inês de Castro, amante do rei, assassinada a mando de D. Afonso IV, pai de D. Pedro I. Nesse volume estão compilações e críticas ao reinado de D. Pedro I.
·         Crônica de El-Rei D. Fernando: reconstituição do período do casamento de D. Fernando com Dona Leonor Teles e encerra-se com a Revolução de Avis. 
·         Crônica de El-Rei D. João: é dividida em duas partes, a primeira relata a morte de D. Fernando e a subida de D. João ao trono e a segunda relata o reinado de D. João.
Fernão distinguia-se dos demais cronistas pela importância que dava ao povo, tratando ele como coadjuvante da história dos reis.
v  Gil de Vicente: na Idade Média, todos os teatros eram de cunho religioso e eram apresentados no pátio das igrejas e dos monastérios. No momento que o Paço Real adquire maior importância, torna-se centro da movimentação cultural e é de lá que as peças são encenadas, sendo que a atividade teatral se intensifica e começa a abranger outros assuntos e não apenas os religiosos.
Em Portugal o grande autor teatral dessa época é Gil de Vicente, que em 71 anos de vida produz 44 peças.
As peças de Gil de Vicente têm caráter moralista, condenando os comportamentos condenáveis e enaltecendo as virtudes. A religião Católica é tomada como parâmetro do que é certo e errado, mas sem deixar de criticar o comportamento mundano dos membros da Igreja. Mesmo tomando a religião católica como base para comparações, ele nunca deixou de voltar as suas atenções para o indivíduo, jamais para a Igreja Católica.
As suas obras podem ser divididas em:
·         Autos pastoris: são as obras do início da carreira, algumas têm caráter religioso, como o Auto pastoril português, e outras têm caráter profano, como Auto pastoril da serra da Estrela.
·         Autos de moralidade: é o gênero que ele se celebrizou, como é o caso da trilogia das barcas (Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório e Auto da barca da glória) e do Auto da Alma.
·         Farsas: peças de caráter critico e cômico, utilizando tipos populares e desenvolvendo-se em torno de problemas sociais. As mais populares são Farsa de Inês Pereira, história de uma jovem que vê no casamento uma forma de ascensão social e O velho da horta, que ridiculariza a paixão de um velho casado por uma jovem virgem.

§  Resumo de algumas obras de Gil de Vicente
·         Auto da Barca do inferno: tudo gira em torno de dois personagens fixos “anjo e diabo”. A peça se passa em um lugar imaginário onde se encontram duas barcas, a Barca da Glória e a Barca do Inferno.
Os seguintes personagens encontram-se para o julgamento em qual barca cada um deve entrar:
Um Fidalfo;
Um Onzeneiro (agiota);
Um Sapateiro (parece ser abastado);
Joane, um Parvo que era um homem simples e tolo;
Um Frade;
Uma alcoviteira;
Um Judeu;
Um Corregedor e um Procurador, alto funcionário da Justiça;
Um Enforcado;
Quatro Cavaleiros que morreram em combate pela fé;
Apenas os Quatro Cavaleiros e o Parvo podem entrar na Barca da Glória.
O Diabo está alegre pela presença de muitas pessoas na sua barca.





Resumo da obra:
A Obra
O primeiro a embarcar é um Fidalgo, que chega acompanhado de um Pajem, que leva a calda da roupa do Fidalgo e também uma cadeira, para seu encosto.
O Diabo mal viu o Fidalgo e já lhe falou para entrar em sua barca, pois ele iria levar mais almas e mostrar que era bom navegante. Antes disso, o companheiro do Diabo, começou a preparar a barca para que as almas dos que viessem, pudessem entrar.
Quando tudo estava pronto, o Fidalgo dirigiu a palavra ao Diabo, perguntando para onde aquela barca iria. O Diabo respondeu que iria para o Inferno, então o Fidalgo resolveu ser sarcástico e falou que as roupas do Diabo pareciam de uma mulher e que sua barca era horrível. O Diabo não gostou da provocação e disse que aquela barca com certeza era ideal para ele, devido a sua impertinência. O Fidalgo espantado, diz ao Diabo que tem quem reze por ele, mas acaba recebendo a notícia de que seu pai também havia embarcado rumo ao Inferno.
O Fidalgo tenta achar outra barca, que não siga ao Inferno, então resolve dirigir-se a barca do céu. Ele resolve perguntar ao Anjo, aonde sua barca iria e se ele poderia embarcar nela, mas é impedido de entrar, devido a sua tirania, pois o Anjo disse que aquela barca era muito pequena para ele, não teria espaço para o seu mau caráter.
O Diabo começa a fazer propaganda de sua barca, dizendo que ela era a ideal, a melhor. Assim, O Fidalgo desconsolado, resolve embarcar na barca para o Inferno. Mas antes, o Fidalgo queria tornar a ver sua amada, pois ele disse que ela se mataria por ele, mas o Diabo falou que a mulher na qual ele tanto ama, estava apenas enganando- o, que tudo que ela lhe escrevia era mentira. E assim, o Diabo insistia cada vez mais para que o Fidalgo esquecesse sua mulher e que embarcasse logo, pois ainda viria mais gente.
O Diabo manda o Pajem, que estava junto com o Fidalgo, ir embora, pois ainda não era sua hora. Logo a seguir, veio um agiota que questionou ao Diabo, para onde ele iria conduzir aquela barca. O Diabo querendo conduzi-lo a sua barca, perguntou por que ele tinha demorado tanto, e o Agiota afirmou que havia sido devido ao dinheiro que ele queria ganhar, mas que foi por causa dele que ele havia morrido e que não sobrou nem um pouco para pagar ao barqueiro.
O Agiota não quis entrar na barca do Diabo, então resolveu dirigir-se à barca do céu. Chegando até a barca divina, ele pergunta ao Anjo se ele poderia embarcar, mas o Anjo afirmou que por ele, o Agiota não entraria em sua barca, por ter roubado muito e por ser ganancioso. Então, negada a sua entrada na barca divina, o Agiota acaba entrando na barca do Inferno.
Mais uma alma se aproximou, desta vez era um Parvo, um homem tolo que perguntou se aquela barca era a barca dos tolos. O Diabo afirmou que era a barca dos tolos e que ele deveria entrar, mas o Parvo ficou reclamando que morreu na hora errada e o Diabo perguntou do que ele havia morrido, e o Parvo sendo muito sutil respondeu que havia sido de caganeira.
O Parvo ao saber aonde aquela barca iria, começou a insultar o Diabo e foi tentar embarcar na barca divina. O Anjo falou que se ele quisesse, poderia entrar, pois ele não havia feito nada de mal em sua vida, mas disse para esperar para ver se tinha mais alguém que merecia entrar na barca divina.
Vem um sapateiro com seu avental, carregando algumas fôrmas e chegando ao batel do inferno, chama o Diabo. Ele fica espantado com a maneira na qual o sapateiro vem carregado, cheio de pecados e de suas fôrmas.
O sapateiro tenta enrolar o Diabo, dizendo que ali ele não entraria pois, ele sempre se confessava, mas o Diabo joga toda a verdade na sua cara e o manda entrar logo em sua barca. O sapateiro tenta lhe dizer todas as feitorias que havia feito, na tentativa de conseguir entrar no batel do céu, mas o Anjo lhe diz que a "carga" que ele trazia não entraria em sua barca e que o batel do Inferno era perfeito para ele. Vendo que não conseguiu o que queria, o sapateiro se dirige à barca do Inferno e ordena que ela saia logo.
Chegou um Frade, junto de uma moça, carregando em uma mão um pequeno escudo e uma espada, na outra mão, um capacete debaixo do capuz. Começou a cantarolar uma música e a dançar.
Ele falou ao Diabo que era da corte, mas o próprio perguntou-lhe como ele sabia dançar o Tordião, já que era da corte. O Diabo perguntou se a moça que ele trazia era dele e se no convento não censuravam tal tipo de coisa. O Frade por sua vez diz que todo no convento são tão pecadores como ele e aproveitou para perguntar para onde aquela barca iria. 
Ao saber para onde iria, ficou inconformado e tenta entender porque ele teria que ir ao Inferno e não ao céu, já que era um frade. O Diabo lhe responde que foi devido ao seu comportamento durante a vida, por ter tido várias mulheres e por ter sido muito aventureiro. Assim, o Frade desafia o Diabo, mas este não faz nada e apenas observa o que o Frade faz.


·         Auto da Barca do Purgatório: As personagem apresentam uma uniformidade na condição social, todas são humildes. O destino delas são:
Na praia purgatória ficam:
Um lavrador de arado nas costas, explorado por todos cujo a fadiga e sacrifícios e salva da sua condenação;
Marta Gil, uma regateira, que praticou pequenas faltas;
Um pastor que, embora crente, cedeu às tentações;
Uma pastora menina, que também terá que expiar pequenas faltas.
Para o céu vai um menino de pouca idade que nem chegou a pecar.
Para o inferno vai um “taful” (jogador, trapaceiro e mentiroso), que no final da peça joga carta com o diabo.
·         Auto da Barca da Glória: nessa peça, personagens importantes são julgados, diferente da anterior que os personagens são humildes. Duque, Rei, Imperador, Bispo, Arcebispo, Cardeal e o Papa são conduzidos para a barca do inferno pelos seus pecados.

Abaixo estão alguns exercícios para testar os seus conhecimentos:
1.       (26 – 2009) Considere as afirmações abaixo sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil de Vicente.
I – Apenas o Fidalgo e o Sapateiro levam consigo objetos característicos de seu status social em vida.
II – Apenas o Parvo e os quatro Cavaleiros cruzados serão conduzidos pela Barca da Glória.
III – Ao contrário do Anjo vicentino, que é persuasivo e alegre, o Diabo vicentino é um personagem sisudo, de poucas e irônicas falas.
Quais estão corretas?
a)      Apenas I.
b)      Apenas III.
c)       Apenas I e II.
d)      Apenas II e III.
e)      Todas as alternativas.

2.       (31 – 2006) A cena do embarque do frade Babriel é uma das mais importantes do Auto da Barca do Inferno, de Gil de Vicente.
   Numere as seguintes ações de Babriel de acordo com a ordem em que elas ocorrem na referida cena.
(  ) O frade utiliza-se do hábito na tentativa de alcançar a salvação.
(  ) O frade, ao se encontrar com o Diabo, está acompanhado de Florença.
(  ) O frade dirige-se à Barca da Glória.
(  ) O frade é recebido pelo parvo Joane.
(  ) O frade, acompanhado da mulher, acolhe a sentença.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a)      2 – 1 – 4 – 3 – 5.
b)      3 – 4 – 2 – 5 – 1.
c)       2 – 1 – 3 – 4 – 5.
d)      5 – 3 – 2 – 1 – 4.
e)      5 – 2 – 3 – 4 – 1.

3.       (31 – 2004) Considere as seguintes afirmações, relacionadas ao episódio do embarque do fidalgo, da obra Auto da Barca do inferno, de Gil de Vicente.
I – A acusação de tirania e presunção dirigida ao fidalgo configura uma critica não ao indivísuo, mas à classe a que pertence.
II – Gil Vicente critica as desigualdades sociais ao apontar o desprezo do fidalgo aos pequenos, aos desfavorecidos.
III – No momento em que o fidalgo pensa ser alvo por haver deixado, em terra, alguém orando por ele, evidencia-se a crítica vicentina à fé religiosa.
Quais estão corretas?
a)      Apenas I.
b)      Apenas I e II.
c)       Apenas I e III.
d)      Apenas II e III.
e)      I, II e III.


4.       (31 – 2002) Assinale a alternativa alternativa incorreta sobre a obra de Gil Vicente.

a)      Gil Vicente tem suas raízes na Idade Média, mas volta-se para o Renascimento, aliando o humanismo religioso à atitude critica diante dos problemas sociais.
b)      Variada na forma, a obra vicentina desvenda os costumes do século XVI, satirizando a sociedade feudal sem perder o caráter moralista e resguardando o sentido de intervenção social.
c)       Embora critique o clero, a nobreza e seu séquito ocioso, o teatro vicentino faz a exaltação heróica dos reis, atitude comum na Idade Média.
d)      Ao mesmo tempo que desenvolve a sátira social, a produção vicentina aponta para a necessidade de reforma da Igreja, devido aos abusos do clero.
e)      Trabalhando com uma verdadeira galeria de tipos, Gil Vicente adapta o uso da linguagem coloquial ao estilo e à condição social de cada um deles.

5.       (01 – 2000) Em relação ao Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, considere as seguintes afirmações.

I.      Trata-se de um grande painel que satiriza a sociedade portuguesa do seu tempo.
II. Representa a transição da Idade Média para o Renascimento, guardando traços dos dois períodos.
III.  Sugere que o diabo, ao julgar justos e pecadores, tem poderes maiores que Deus.
Quais estão corretas?
a)      Apenas I.
b)      Apenas I e II.
c)       Apenas I e III.
d)      Apenas II e III.
e)      I, II e III.

Gabarito
1 – C
2 – C
3 – B
4 – C
5 – E



Aula de português


Estou postando uma breve explicação sobre o uso da crase e alguns exercícios sobre o assunto, por favor façam!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Uso da crase
                Fusão do a (preposição) com o artigo a ou do a (preposição) com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. É marcada com o acento grave (`).
v  Ocorre nos seguintes casos
1.       Quando o termo antecedente pedri preposição e o termo posterior exigir artigo.
Ex.: Fui a (preposição) a (artigo) cidade.
      Fui à cidade.

2.       Nos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo, desde que o termo anterior exija preposição a.
Ex.: Fui a aquele hotel.
      Fui àquele hotel.

3.       Nas locuções adverbiais femininas, nas locuções prepositivas e nas locuções conjuntivas.
Ex.: nas locuções adverbiais: à noite, à direita, à esquerda, às avessas, às pressas.
Ex.: nas locuções prepositivas: à beira de, à custa de, à força de, à moda de.
Ex.: nas locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.

Ø  Obs: a expressão a distância não terá acento grave no a se a distância não estiver determinada.
Ex.: Fique a distância.
       Fiquem à distância de dez metros.

4.        Na indicação de horas.
Ex.: Sairei às duas horas.

5.       Com pronomes a, as, quando demonstrativos representando aquela, aquelas, desde que o termo seguinte exija preposição.
Ex.: Estas fotos são iguais às que vi ontem.

6.       Antes dos pronomes relativos a qual, as quais, desde que o termo regente exija preposição.
Ex.: Esta jovem à qual me referi.

7.       Diante do nomes de lugares que admitam artigo.
Ex.: Fui à Bahia.

v  Casos em que a crase é facultativa
1.       Diante de pronome possessivo feminino.
Ex.: Falei a sua irmã.
       Falei à sua irmã.

2.       Diante de nomes próprios femininos referentes a pessoas.
Ex.: Refiro-me a Silvia.
    Refiro-me à Silvia.

Ø  Obs.: usamos a crase se termos intimidade com a pessoa. Se quisermos nos referir a ela de uma maneira mais formal, não usamos a crase.

v  Caso em que não ocorre crase
1.       Diante de verbos.
Ex.: Começou a chover.
       Já comecei a dançar.

2.       Diante de palavras masculinas.
Ex.: Gosto de andar a cavalo.

3.       Diante de pronomes que não admitem artigo.
Ex.: Estou disposto a tudo.
        Isso se refere a mim.

4.       Entre palavras repetidas.
Ex.: Schumacher venceu de ponta a ponta.
        Estava frente e frente com o inimigo.

5.       Antes de palavras no plural se o a estiver no singular.
Ex.: Discutam a portas fechadas.
       Não vou a reuniões de condomínio.
                Para que você possa exercitar os seus conhecimentos, aqui estão alguns exercícios sobre crase. Bom proveito.
1. Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?
a) Minhas idéias são semelhantes às suas. 
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz 
c) Dei um presente à Mariana. 
d) Fizemos alusão à mesma teoria. 
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.

2. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".
a) à - a - aquilo 
b) a - a - àquilo 
c) a - à - àquilo 
d) à - à - aquilo 
e) à - à – àquilo

3. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida Central".
a) à - há 
b) a - à 
c) a - há 
d) à - a 
e) à – à

4. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço".
a) o - à - a 
b) ao - há - à 
c) ao - a - a 
d) o - há - a 
e) o - a – a

5. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias".
a) à - àqueles - a - há 
b) a - àqueles - a - há 
c) a - aqueles - à - a 
d) à - àqueles - a - a 
e) a - aqueles - à – há

6. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O Papa caminhava à passo firme. 
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. 
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas. 
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. 
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

7. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa própria.
a) às - àquelas _ à 
b) as - aquelas - a 
c) às àquelas - a 
d) às - aquelas - à 
e) as - àquelas – à

8. A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.
a) às - a - a 
b) as - à - há 
c) as - a - à 
d) às - à - à 
e) às - a – há

9. Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
a) após às 
b) após as 
c) após das 
d) após a 
e) após à

10. _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os socorros se destinam.
a) Há - à - a 
b) A - a - a 
c) À - à - a 
d) Há - a - a 
e) À - a – a

11. Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer.
a) a - à - a 
b) à - a - a 
c) à - à - a 
d) à - à - à 
e) a - a – a

12. No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, nada foi possível fazer.
a) àquela - à - à 
b) aquela - a - a 
c) àquela - à - há 
d) aquela - à - à 
e) àquela - a – há

13. Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é importante devido _____ merenda escolar que é distribuída gratuitamente _____ todas as crianças.
a) à - à - à 
b) a - à - a 
c) a - à - à 
d) à - à - a 
e) à - a – a

14. A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os resultados da pesquisa.
a) a qual - que 
b) a que - que 
c) à que - a que 
d) a que - a que 
e) a qual a que

15. Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce função paralela _____ da linguagem.
a) a - a 
b) à - à 
c) a - à 
d) à - aquela 
e) a – àquela

16. Foi _____ mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a maldição do cientista que reduzira o arco-íris _____ simples matéria: era uma ameaça _____ poesia.
a) a - a - à 
b) há - à - a 
c) há - à - à 
d) a - a - a 
e) há - a – à

17. A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milhares de anos-luz, e não é visível _____ olho nu.
a) a - à - à 
b) a - a - a 
c) à - a - a 
d) à - à - a 
e) à - a – à

18. Estava __________ na vida, vivia _____ expensas dos amigos.
a) atoa - as 
b) a toa - à 
c) a tôa - às 
d) à toa - às 
e) à toa – as

19. Estavam _____ apenas quatro dias do início das aulas, mas ele não estava disposto _____ retomar os estudos.
a) há - à 
b) a - a 
c) à - a 
d) há - a 
e) a – à

20. Disse _____ ela que não insistisse em amar _____ quem não _____ queria.
a) a - a - a 
b) a - a - à 
c) à - a - a 
d) à - à - à 
e) a - à – à

21. Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las _____ sério.
a) às - à - a 
b) a - a - a 
c) as - à - à 
d) à - a - à 
e) as - a – a

22. Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coerente __________ mesmo, _____ emprestar-lhe minha colaboração.
a) aquele - para mim - a 
b) àquele - comigo - a 
c) aquele - comigo - à 
d) aquele - por mim - a 
e) àquele - para mim – à

23. A lâmpada _____ cuja volta estavam mariposas _____ voar, emitia luz _____ grande distância.
a) a - à - à 
b) à - a - à 
c) a - à - a 
d) a - a - a 
e) à - a – a

24. Aquela candidata _____ rainha de beleza, quando foi _____ televisão, pôs-se _____ roer as unhas.
a) à - à - a 
b) à - a - à 
c) a - a - à 
d) à - à - à 
e) a - à – a

25. Eis o lema _____ sempre obedecia: ódio _____ guerra e aversão _____ injustiças.
a) à que - à - as 
b) à que - à - às 
c) a que - à - às 
d) a que - à - as 
e) a que - a – as

26. Faltou _____ todas as reuniões e recusou-se _____ obedecer _____ decisões da assembléia.
a) a - a - as 
b) a - a - às 
c) a - à - às 
d) à - a - às 
e) à - à – às

27. Expunha-se _____ uma severa punição, porque as ordens _____ quais se opunha eram rigorosas e destinavam-se _____ funcionárias daquele setor.
a) a - as - às 
b) à - às - as 
c) à - as - às 
d) à - às - às 
e) a - às – às

28. _____ alguns meses o Ministro revelou-se disposto _____ abrir _____ discussões em torno do acesso dos candidatos e dos partidos _____ televisão.
a) A - a - as - à 
b) Há - a - às - a 
c) A - à - às - a 
d) Há - à - as - à 
e) Há - a - as – à

29. _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____ vida das comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum.
a) A - à - à 
b) À - a - a 
c) À - à - a 
d) À - à - à 
e) A - a – a

Gabarito
1
C
7
A
13
D
19
B
25
C
2
C
8
D
14
B
20
A
26
B
3
D
9
B
15
B
21
B
27
E
4
B
10
D
16
E
22
B
28
E
5
B
11
B
17
B
23
D
29
B
6
D
12
E
18
D
24
E